Casos de conjuntivite chegam a 66% de todos os registrados em 2017

Só nos primeiros quatro meses de 2018, a taxa de infectados por conjuntivite já chega a 66,24% do mesmo quadro apresentado em todo o ano de 2017 na Paraíba. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), mais de 1.100 pessoas já foram diagnosticadas com a inflamação nos olhos neste ano.

Do primeiro dia do ano até 14 de abril, 1.177 casos foram registrados, o que demonstra um percentual bastante elevado em comparação ao relatório do ano passado, quando foram computados 1.777 casos de conjuntivite, o que representa um crescimento da doença no início deste ano, com um percentual de 66,2% do total do ano passado.

A inflamação

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras e pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas.

Ela pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc. A mais comum delas é a conjuntivite primaveril, geralmente causada por pólen espalhado no ar, pode ser causada também, por vírus e bactérias. Nestes casos, ela é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

Sintomas

– Olhos vermelhos e lacrimejantes;

– pálpebras inchadas;

– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;

– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);

– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);

– coceira;

– dor ao olhar para a luz;

– visão borrada;

– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Tratamento

O tratamento é determinado pelo agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos. Já, o tratamento da conjuntivite bacteriana inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.

Prevenção

– Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;

– lavar com freqüência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;

– não coçar os olhos;

– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;

– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;

– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;

– não se automedicar.

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