Chuva de meteoros do Cometa Halley fica visível nas madrugadas de segunda e terça

Na madrugada de segunda-feira (21) seria propícia para ver a chuva de meteoros Orionids. Esses meteoros são restos da passagem do Cometa Halley pelo sistema solar, em 1986. O Halley só passa visível a olho nu perto da Terra a cada 75 anos. A próxima vez será apenas em 2061. O fenômeno ainda será visível na madrugada de terça (22), embora com menor dimensão.

Para quem quiser observar a chuva de Orionids, ela será mais intensa por volta das 4 horas, na direção da Constelação de Orion (daí o nome Orionids), mais conhecido por causa das Três Marias, que estarão bem sobre o céu neste horário. A chuva poderá ser vista de qualquer ponto do País, com exceção daqueles locais costumeiramente com céu encoberto.

Mas, 2019 tem chuvas de meteoros em todos os meses. É o que explica o astrônomo Marcelo De Cicco, doutorando no Observatório Nacional, que acompanhou o levantamento do fenômeno que acontecerá até o final deste ano. Em fevereiro, a Centaurids teve seu auge no dia 8. Já em março, dia 15, será a vez da Normids riscar o céu. Em 23 de abril, houve a Lyrids e 24, a Puppids.

Em maio, o pico da chuva eta-Aquariids foi no dia 6, quando a Terra estava atravessando detritos de passagens antigas do cometa Halley. June Bootids, no dia 27, também mereceu atenção. No mês de julho ocorreram a Piscis Austrinids e a Southern delta Aquariids, com atividade máxima centrada nos dias 28 e 30, respectivamente.

As Perseids, embora privilegiando os habitantes do hemisfério Norte, teve seu pico dia 13 de agosto. As Aurigids teve sua atividade máxima dia 1º de setembro, embora um pouco baixa para as latitudes do Sul.

E o período que vai de outubro a dezembro apresenta a maior concentração de chuvas com intensidade relevante, oito ao total, com destaque para as Orionids, Leonids e Geminds, respectivamente. Marcelo De Cicco, doutorando do Observatório Nacional e coordenador do projeto Exoss, explica o motivo: “Ocorre que, no último quarto do ano, o denominado complexo das Taurids – um aglomerado de detritos de muitas passagens antigas de cometas – divide-se em dois ramos, e é atravessado pelo nosso planeta”.

Revista Galileu