Delegado pode fazer reconstituição do crime que matou vigilante

O delegado Alexandre Fernandes, que investiga o caso do vigilante Deivisson Pereira, morto a tiros na madrugada da última sexta-feira (8), afirmou que vai verificar a necessidade de solicitar a reconstituição do crime para auxiliar na apuração dos fatos. De acordo com o delegado, além dos policiais que foram prestar depoimentos voluntariamente, também foram ouvidos o motorista do Uber, a namorada da vítima e o porteiro do prédio localizado onde ocorreu o crime.

“Tudo será apurado para saber a responsabilidade. Estamos esperando o resultado das perícias e verei a necessidade de reconstituição do crime até amanhã”, afirmou Fernandes. O delegado também disse que um dos policiais ouvidos afirmou que efetuou disparos em direção ao carro do motorista da uber. “Ele alegou que depois do carro havia uma ameaça, ou seja, os meliantes que participaram da ação contra a agência bancária. Os outros dois policiais afirmaram que atiraram para o alto, como disparos de advertência”, explicou.

Os policiais ouvidos também entregaram as armas para passarem por perícia. “Preciso de todas as informações para saber quais depoimentos estão corretos, se o que houve foi um acidente ou se a vítima estava num fogo cruzado, por exemplo. Tenho de verificar a veracidade de todas as informações”, salientou o delegado. A corregedoria da Polícia Militar já abriu um procedimento interno para investigar a conduta dos policiais. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, a investigação interna deverá ser concluída em 30 dias.

Além disso, o procedimento interno também depende de informações e elementos do inquérito da Polícia Civil acerca do caso. Somente após a conclusão é que será decidido o que deverá ocorrer com os policiais investigados.

Entenda o caso – Durante uma explosão de agência bancária localizada em Santa Rita, o vigilante Deivisson Pereira, de 40 anos, foi atingido por quatro tiros na região do tórax, conforme laudo preliminar divulgado pelo Hospital de Trauma da Capital. O vigilante estava voltando para casa com a namorada, em uma corrida com um uber, quando foi atingido pelos tiros.

De acordo com a namorada da vítima, os disparos partiram dos policiais, que teriam atirado na vítima. O vigilante foi socorrido para o Hospital de Trauma pelo motorista do uber, mas faleceu antes de ser atendido. O velório do vigilante foi realizado nessa sexta-feira (8), numa central de velórios localizada em Santa Rita.

 

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