Imagens mostram piche e baratas em areia de praias de João Pessoa e Conde

Imagens feitas nas praias de Manaíra e do Bessa, em João Pessoa, no domingo (1º) e nesta segunda-feira (2) registraram poças de piche e muitas baratas na areia em alguns trechos desses locais.

De acordo com o chefe da Divisão de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente da capital paraibana, Alisson Cavalcanti, o piche é utilizado para impermeabilização de embarcações. Ao ser aplicado, o material tem um aspecto mais sólido, porém, quando a temperatura aumenta, tende a ficar mais líquido e viscoso.

Alisson Cavalcanti explicou que, com isso, o piche cai no mar, mas não fica suspenso na água. “Ele vai rolando, muito provavelmente sai prejudicando tudo que vai tocando”, disse.

Em um dos vídeos, é possível ver que o material ficou grudado no pé de uma criança que estava andando na areia. O chefe da Divisão de Fiscalização comentou que, para retirada do óleo, é preciso usar, muitas vezes, querosene ou gasolina.

Em relação às baratas, Alisson Cavalcanti explicou que a presença dos animais é um indicativo de que alimentos foram despejados no local. “Muito provavelmente houve descarte de algum tipo de material que era utilizado como alimento e essas baratas foram para lá. Ou, de repente, aquilo lá [as baratas] foi morto em algum canto e jogado propositalmente naquele local indevido”, afirmou.

Ele também salientou que os animais podem ter sido levados até a areia por ligações clandestinas de esgoto, feitas por casas e estabelecimentos comerciais. Porém, destacou que está sendo feito um levantamento, juntamente com o Ministério Público Federal, sobre pontos de despejo ilegal de resíduos nas praias de João Pessoa.

Fiscalização

Apenas na praia de Manaíra, foram identificadas 46 ligações clandestinas de esgoto, que utilizam a rede de galerias projetada para passagem de águas das chuvas. Notificações foram emitidas para seis estabelecimentos comerciais, incluindo um hotel.

Baratas e óleo são encontrados em praia de João Pessoa

Segundo Alisson Cavalcanti, após a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e a Secretaria Municipal de Infraestrutura constatarem esses pontos, a residência ou estabelecimento é notificado para que interrompa essa ligação irregular, dentro de um prazo de 15 dias. Em caso de descumprimento, os locais podem ser multados ou interditados, no caso de estabelecimentos comerciais.

A fiscalização conjunta, que até esta segunda-feira (2) aconteceu na orla de Manaíra, deve seguir ainda para os bairros do Cabo Branco e Tambaú, com o objetivo de melhorar os índices de balneabilidade, ou seja, de locais próprios para banho no litoral.

Portal do Litoral Sul