Paulo Guedes confirma Roberto Castello Branco como futuro presidente da Petrobras

O economista Roberto Castello Branco foi convidado pela equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para presidir a Petrobras.

A informação sobre o convite foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada na manhã desta segunda-feira (19) pela assessoria de imprensa do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Em nota, Guedes informa que recomendou a Bolsonaro a indicação de Castello Branco, que aceitou o convite.

O atual presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, permanece no comando da estatal até a nomeação do novo presidente.

Roberto da Cunha Castello Branco é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e é ex-diretor do Banco Central e da Vale.

Em 2015 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, foi indicado pela ex-presidente para ser membro do conselho administrativo da Petrobras. Atualmente é diretor no Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da Fundação Getúlio Vargas.

A Reuters, em junho de 2016, após sair do conselho da Petrobras chegou a afirmar que a intervenção do Estado na petroleira abriu caminho para a ineficiência e para a corrupção. Na época, declarou que uma solução seria a privatização, mas que o país não estaria preparado para essa discussão. Ele também defendeu que a empresa buscasse mais transparência na administração e rejeitasse o modelo de regime de partilha na exploração do pré-sal.

Roberto Castello Branco durante seminário organizado pela Folha sobre o futuro da Amazônia – Reinaldo Canato – 27.nov.2017/Folhapress
No fim de outubro, a Folha informou que Castello Branco era o mais cotado para assumir a presidência da Petrobras.

A definição do nome chegou a ter uma disputa entre autoridades do futuro governo. Enquanto Guedes defendia a indicação de Castello Branco, o vice-presidente eleito, General Hamilton Mourão, demonstrava preferência por um nome da área militar no comando da estatal.

Castello Branco é amigo de Paulo Guedes desde a década de 1980, quando Guedes presidiu o Ibmec, rede ensino que ele fundou.

Folha