Chegada da primavera favorece doenças respiratórias

A chegada da primavera trás consigo, além das flores, doenças típicas do período que se espalham com mais facilidade nessa época. Veja abaixo quais doenças são mais presentes nesse período, os seus sintomas e como tratá-las. A primavera começa nesta segunda-feira (23) e segue até o dia 22 de dezembro, sendo sucedida pelo verão.

As crianças na faixa etária de 6 meses a 5 anos são as mais afetadas pelas doenças típicas dessa época do ano. As enfermidades surgem principalmente devido ao aumento da temperatura, tempo seco e outros agravantes. Infecções respiratórias, manifestações alérgicas e algumas doenças virais são comuns nesse período.

Os problemas respiratórios aumentam, em vista da liberação do pólen e também pelo tempo seco, ocasionado pela baixa umidade do ar, levando ao surgimento de quadros de rinite, bronquite e asma. A rinite se caracteriza pela inflamação das mucosas da cavidade nasal, levando a coriza, irritação e espirros.

Nesse período o aumento de substância irritantes no ar, além de desencadear os quadros respiratórios também pode levar ao surgimento da conjuntivite, que é uma inflamação na mucosa que reveste o globo ocular e causa incomoda nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.

Segundo a médica Soraya Cavalcante Mangueira, que atende na Unidade Básico de Saúde Altiplano I, em João Pessoa, indica que tanto nos problemas respiratórios como na conjuntivite o cuidado com a higienização das mãos, principalmente antes de tocar no nariz, boca e olhos, e a limpeza do ambiente são os meios de melhor prevenção.

As doenças virais também aumentam nessa época do ano, são elas: roséola, sarampo, varicela e caxumba. A roséola é uma infecção causada pelo vírus do herpes humano tipo 6 e 7, que é transmitido pela saliva. Se caracteriza pela febre alta, com surgimento de manchas róseas. Pode surgir também coriza e falta de apetite.

Já o sarampo é uma doença viral extremamente contagiosa, que é transmitida por meio da saliva (tosse, espirros e fala), e secreções nasais. Os sintomas da doença são febre alta, tosse, conjuntivite, coriza, dor de cabeça, e após o segundo o quarto dia surgem manchas vermelhas na região cefálica e se estende para o corpo.

No sarampo existe um sinal característico que pode estar presente são manchas de Koplik (manchas branca-acizentadas) na mucosa bucal. Ele ainda pode evoluir para algumas complicações e levar até a morte. A vacina, que está disponível na Rede Municipal de Saúde ainda é a forma mais eficaz de prevenção.

Já a varicela também conhecida como catapora, é outra doença viral, comum nas crianças menores de 10 anos. Causada pelo vírus varicela zóster, que surge com febre, cefaléia, cansaço, falta de apetite e surgimento de manchas vermelhas que coçam bastante, as quais se transformam em bolhas cheias de líquido, que depois estouram.

Geralmente a doença dura de 1 a 2 semanas. É altamente contagiosa,transmitida por tosse e espirros, contato com a pele e ainda da mãe para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação. A forma de precaução também é a vacinação.

A caxumba, por sua vez, afeta as glândulas parótidas (glândulas que produzem a saliva) e outras glândulas localizadas na região da mandíbula, que fica um pouco abaixo das orelhas, levando ao aumento dessa região.

Pode atingir outros órgãos e sistemas causando pancreatite, surdez, meningite e inflamação dos testículos. Os sintomas que podem surgir são febre, calafrios, dor muscular e dificuldade para mastigar e engolir. A transmissão ocorre por via aérea ou por contato direto com a saliva de pessoas infectadas. Sua prevenção também é feita através da vacina.

“É importante ressaltarmos que diante do surgimento de um desses sintomas, o ideal é procurar atendimento médico na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para uma melhor avaliação, confirmação do diagnóstico e tratamento. Lembrando que o mais importante é evitarmos o surgimento dessas doenças através de bons hábitos de higiene, evitar locais de aglomeração, manter o ambiente limpo e arejado com janelas abertas, ingerir bastante água e principalmente estar em dia com o cartão de vacinação”, ressaltou Soraya Cavalcante.

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