Motoristas de aplicativos farão paralisação contra insegurança, taxas e por maiores ganhos

Motoristas de transporte por aplicativo na região metropolitana de João Pessoa farão uma paralisação nesta quarta-feira (8). O movimento é organizado pela Comissão de Regulamentação dos Transportes por Aplicativos de João Pessoa. Eles protestam por reajuste de tarifas, menores taxas cobradas pelas empresas dos aplicativos, segurança nas corridas e regulamentação para a categoria.

Já existe uma comissão formada para reivindicar a regulamentação dos motoristas de transporte por aplicativo. A manifestação marcada para esta quarta-feira será concentrada às 8h30, no estacionamento do estádio Almeidão.

O ClickPB conversou com o vice-presidente da Associação dos Motoristas de Transporte Privado Individual da Paraiba (AMTPI-PB), Fernando Barros. Ele contou que a manifestação é sobre a operação de todos os aplicativos de corridas que tem atuação no estado, mas que o foco é na Uber.

A empresa se prepara para entrar no mercado da bolsa de valores, com a primeira oferta pública inicial. A previsão é de entrada na sexta-feira (10). A Uber, segundo Fernando Barros, tem o objetivo de diminuir a tarifa da corrida para conquistar mais espaço no mercado e os condutores se sentem prejudicados com essa ação, pois preveem redução nos ganhos com viagens.

O vice-presidente da AMTPI-PB alega que os motoristas têm sofrido com o aumento do preço dos combustíveis, com gastos de manutenção nos veículos e outras despesas e que essa baixa na tarifa pode prejudicá-los.

Fernando Barros também lembra dos constantes assaltos e fala que a categoria quer uma identificação mais segura e detalhada dos passageiros. Além disso, querem ser reconhecidos como atividade legal através de regulamentação no município de João Pessoa.

“A gente tem cinco anos no Brasil e quase três anos em João Pessoa. E, nesses cinco anos, a inflação é de quase 29,3%. E nunca houve reajuste (na tarifa) e o preço do combustível dobrou. Isso sem a gente falar (dos gastos) do pneu, de óleo e da manutenção”, relatou o vice-presidente da AMTPI-PB.

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