De qualquer maneira, a FPF já avalia que é possível que o estadual volte a ser disputado em julho. A partir de reunião realizada nessa quarta-feira com cinco dos 10 clubes da elite – Atlético-PB, Botafogo-PB, Campinense, São Paulo Crystal e Treze -, a entidade e esses participantes do Paraibano de 2020 passaram a trabalhar com a hipótese de os treinamentos retornarem no dia 15 de junho. Segundo o Plano de Retomada do Futebol Paraibano, a ideia é dar aos times um período de intertemporada de 15 dias.

Em suas diretrizes, a entidade acredita que o mês de junho vai demonstrar uma queda no número de infectados, o que deve contribuir com a flexibilização no isolamento social, ainda entendido pelos órgãos e também pela entidade como uma boa solução para o momento atual. Na Paraíba a curva segue sendo acentuada. Na penúltima madrugada, o estado bateu o recorde de mortes em 24 horas, com 35 óbitos. Já são mais de 16 mil casos na Paraíba.

Um dos pontos importantes do plano, claro, é sobre a realização de exames para todos os agentes de futebol. No entanto, as únicas testagens massivas determinadas pelo plano são referentes aos atletas a à arbitragem, que obrigatoriamente terão que passar por exames para poderem participar das partidas.

Sobre os testes, no entanto, não há uma definição sobre quem vai arcar com as despesas. Nem a FPF confirmou que vai bancar a testagem, e alguns clubes já revelaram que não têm condição de financiar. Um presidente de uma equipe participante do estadual deste ano revelou que “este é o problema”, sobre a questão do financiamento das testagens.

FPF e clubes já trabalham com a ideia de que a intertemporada deve se iniciar ainda neste mês. Os clubes já foram orientados a organizar concentrações para os atletas ou isolamentos sociais em residências, como já vem acontecendo, e dinâmicas de treino prevendo distância entre os profissionais, além de grupos menores de jogadores, inicialmente.

São necessárias ainda sete datas para o término do Campeonato Paraibano.

Os jogos devem ser retomados inicialmente com portões fechados. Os estádios utilizados serão os que forem liberados pelo poder público, nos casos das praças que não são privadas – apenas o Presidente Vargas, do Treze, é privado, no Campeonato Paraibano 2020.

No Plano de Retomada do Futebol Paraibano, a FPF não mostra como possibilidade o uso apenas de uma sede, que havia sido ventilado anteriormente. Nele, a entidade até fala como devem ser as viagens, onde cada delegação deve ter o mínimo de pessoas possível, mas sem detalhar sobre quantidade e sobre membros permitidos a se deslocar. Segundo as diretrizes, ônibus e alojamentos devem ser sempre desinfectados.

A orientação é que a preleção e o pós-jogo dos atletas com a comissão técnica sejam feitos dentro do campo com espaçamento entre os integrantes de cada time. Apenas os atletas que estão jogando e os árbitros poderão figurar no campo de jogo e entorno sem máscaras de proteção. Na entrada, até o início da partida, até os atletas titulares deverão usar máscara, além de que está dispensado o protocolo de cumprimento entre os adversários. Haverá controle de temperaturas para todos que entrarem nos estádios, sendo impedido o ingresso da pessoa que estiver com temperatura superior a 37,5°.

A FPF no documento faz questão de deixar claro que a competição só vai ser retomada com a liberação dos órgãos de saúde e de pelo menos mais duas deliberações. Segundo a entidade estadual, a CBF vai divulgar ainda um novo calendário do futebol para 2020, para detalhar melhor quando voltarão os estaduais e quando serão os campeonatos nacionais.

Além disso, a FPF vai realizar um Congresso Técnico especial para definir com os times paraibanos as datas da retomada do torneio.

Cada veículo de comunicação tem direito a credenciar para o campo de jogo apenas um profissional. Todos terão a temperatura verificada, sendo impedido o ingresso da pessoa que estiver com temperatura superior a 37,5°. Não há previsão de testagem para profissionais da imprensa no plano, havendo apenas uma recomendação disso.

Não haverá entrevistas antes, durante ou depois das partidas, ficando a cargo dos profissionais endereçarem perguntas para as assessorias de imprensa dos clubes. Todos os profissionais terão que usar máscara no exercício do trabalho.

A FPF vai ceder coletes que vão ser administrados pelas chefias dos departamentos esportivos, que vão disponibilizar aos seus subordinados para serem utilizados de maneira individual.

Globoesporte